Júlio Dantas / Homem-Aranha:
Júlio Dantas é o Homem-Aranha. A semelhança é impressionante. |
O Júlio Dantas é o Homem-Aranha. Porquê? Porque sim. O blog é meu, eu digo as merdas que eu quiser, como se pode comprovar por todos os posts que escrevi. Mas agora a sério, entre outras coisas,como figura proeminente da medicina, poesia, dramaturgia e cona da tia (peço desculpe pelo chiste porco, mas queria algo que acabasse em "ia"), Júlio Dantas foi jornalista. Foi um grande evento na altura quando revelou a sua identidade secreta.
Júlio Dantas em 1929, a revelar a sua identidade secreta. Gentilmente cedido pela Torre do Tombo. |
Foi amado e odiado por muitos, apesar do bem que fazia, e tinha um dono de revista/jornal que o odiava. Parece familiar? Almada Negreiros publicou em 1915 o Manifesto Anti-Dantas, uma das obras que mais risinhos maléficos provoca na juventude Portuguesa, porque é um chorrilho de insultos anti-dantascos, e que mais parece a vingança de uma ex-namorada que quis ridicularizar o antigo amante, com lindas frases como "(...)O Dantas nú é horroroso! (...) O Dantas cheira mal da bocca! (...) " e coisas muito mais bonitas, que lhe desejam problemas de saúde e lhe miscigenam a ascendência, o que na altura devia ser uma grande ofensa. Onde é que já vimos um director jornalístico a denegrir um herói nacional?
José de Almada Negreiros / J.Jonah Jameson:
As semelhanças são notáveis. Ambos usam gravata preta em camisa branca. Separados à nascença? |
Nem é preciso muita habilidade para transformar uma foto de Almada Negreiros no J.Jonah Jameson.
Nem no Salvador Dali.
Agora temos outra grande influência que a Marvel copiou da Literatura Portuguesa. A primeira família da Marvel foi inspirada directamente num grupo dos nossos mais famosos poetas, que viviam todos não na Baxter Tower mas dentro da mente de uma só "pessoa". Que equipa será esta?
Exactamente! Numa era pré-prozac, era perfeitamente aceitável viver com mais "pessoas" dentro da cabeça, hoje em dia ser-se-ia submetido a electro-convulso-terapia seguido de uma lobotomia e drogas suficientes para adormecer uma pequena cidade. Tipo o Vaticano.
Mas o que têm os Fantastic Four a ver com Fernando Pessoa e os seus heterónimos?
Ricardo Reis / Tocha Humana: A filosofia Epicurista do Carpe Diem assenta que nem uma luva, pois apesar da apatia e fatalismo de Ricardo Reis, ambos procuram os pequenos prazeres da vida, e se há alguém que sabe como se divertir é o Johnny Storm. E o fatalismo do Tocha Humana a sacrificar-se pela família contra um colhão de insectos da Zona Negativa mostra que ele aceita a morte se tiver mesmo que ser.
Álvaro de Campos / Senhor Fantástico: Estudou engenharia, é Futurista, é genial e o meu heterónimo personal fave. E fumava ópio que nem um cavalo que fumasse muito ópio. E as pernas de borracha após a droga também mostram as suas capacidades elásticas. Sabem como é que ele escolheu o nome de código? Baixou as calças em frente à Mulher Invisível, que exclamou logo "Senhor! Fantástico...".
Alberto Caeiro / Coisa: Só por ser o mais ligado à natureza, e sinceramente não há nada mais natural que um homem feito de pedra. E vai directo ao assunto, normalmente com um punho de pedra pela cara dos vilões.
Pessoa Ortónimo/ Mulher Invisível: Insert gay joke here, e relacionar com Almada Negreiros. Não vêem a mulher que há dentro dele? Pois não, é invisível. Tal como a Mulher Invisível, o mais poderoso do grupo. E é preciso sensibilidade feminina para escrever o que ele escreveu.
E para finalizar:
Cesário Verde/ Hulk:
É verde. Pronto, era só essa a piada. Desculpem, não tenho mais nada sobre estes dois.
Até à próxima semana! (lol)
Post Scriptum: Porque é que a mulher do Hulk se divorciou? Estava à procura de alguém mais maduro. Adeus.
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